Vivências e Bíblia

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sexta-feira, 30 de março de 2012

Sobre o dízimo


 
É bem verdade que a disponibilidade de se dizimar proporcionará ao dizimista bênçãos tanto espirituais como materiais. Isso não quer dizer que quem dizima ficará rico e “abundantemente suprido”, enquanto que os demais filhos de Deus (dizimista também) terão uma vida de miséria. Quando o Senhor falou sobre em “derramar uma bênção tal, que dela vos advenha maior abastança” (Mal`aki 3.10)- Malaquias, o Senhor estava fazendo referência a todo povo. Como “tal” não tem um sentido definido, entendemos que a ocorrência de sermos fieis a Deus permitirá estarmos abastecidos de nossas necessidades. Abastança, Day: suficiente, bastante; uma grande e suficiente quantidade; está farto. Day aparece por 40 vezes no Antigo Testamento.
 De acordo com o uso que faça do dízimo (e hoje existem várias interpretações para o uso), os crentes devem levar em consideração que o ato do dizimar, antes de tudo é obediência, zelo, fidelidade e gratidão por parte do filho de Deus, pois tudo pertence ao Senhor (Salmos 24). Infelizmente a falta da boa aplicação por parte de muitos líderes tem contribuído para a petrificação do coração dos assentados da casa de Deus. Mas, não somente isso, a consciência morta do crente embotou os seus sentidos e o manteve na cadência de ser infiel por natureza.
Se o dízimo fosse caso de polícia muitos de nós estaríamos presos e condenados por incapacidade de não sabermos administrar o sagrado de Deus, mas como é caso de justiça, o Senhor irá, de certa forma, nos evitar, porque fomos infiéis no pouco.
Passaram milhares de anos e o caso do dízimo ainda é tema de muita desconfiança e agitação na igreja. Seu tema continua atual e não pouco contraditório. Até hoje existe os apelos da liderança em relação ao dizimar. Algumas vezes, o fato de não se saber o seu real destino o povo peca e murmura, endurece o coração e rouba a si e a Deus. Era o que estava acontecendo nos tempos de Malaquias. Quando o povo estava em crise espiritual negligenciava o dízimo na casa do Senhor. Nesse tempo o caos quanto a esse assunto estava generalizado, pois tantos os sacerdotes que eram da linha de frente quanto o povo estavam na mesma condição de infidelidade diante de Jeová. O Senhor Jeová prova o Seu povo com a esterilidade da terra e a destruição das plantações, representando assim o Seu descontentamento.
Desde os tempos de Abraão que o dízimo é um ato de reconhecimento ao Deus Altíssimo (El- Ellyon). Em Levíticos 18, o dízimo estava sob a responsabilidade do sacerdote, que investia o que ganhava na obra, de sorte que a Casa do Senhor não tinha falta de nada. A manutenção era deveras necessária, assim como nos tempos atuais. Por isso, a profecia de Malaquias era um alerta para o povo não esquecer os benefícios do Senhor Deus e para que a Sua Casa (templo) não caísse no descrédito e fosse desonrada e desprezada. O Senhor Jeová sempre valorizou a congregação dos santos, tanto que foi assim desde o Tabernáculo.
O dízimo jamais poderá ser desviado para benefícios próprios e tampouco para fins lucrativos e enriquecimento ilícito. O Dono da prata e do ouro estabelece esse imperativo: “trazei todos os dízimos à Casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa” (Mal 3.10). Manter a obra de Deus na terra é um mandamento e zelar pelas coisas sagradas (nesse caso está inserida a Casa do Senhor)- que jamais deve ser esquecida.
“Muitas pessoas são esquecidas pela sua própria pobreza causada pela desobediência à Palavra de Deus. Aqueles que retêm seus dízimos e ofertas estão roubando a Deus. Também estão roubando deles próprios as bênçãos que Deus quer conceder-lhes. Quando não se dá o dízimo se está quebrando a lei” (Bíblia de Estudo Plenitude, 2001).
Uma coisa é certa a infidelidade é aliada da ingratidão e conseqüentemente a soma da falta da comunhão com o Senhor. Provar que Deus derramará bênçãos sobre os fiéis crentes é descansar que realmente quem prometeu é fiel para cumprir, pois Ele fará isso sem reservas. Todavia, e consoante salientar que não podemos está a exigir que o Senhor nos dê isso ou aquilo, pois sabemos que Ele é poderoso para fazer muito mais do que pedimos e pensamos. A Escritura Sagrada nos diz que “tudo posso naquele que me fortalece”.
O dízimo é um dos passos na vida do crente para que ele galgue a prosperidade, mas ante disso é preciso aprender a lição da fidelidade e obediência, ora tanto a primeira quanto a segunda estão em comum acordo no cenário da intimidade e comunhão com o Altíssimo, sendo assim é possível sermos bem sucedido, pois senão fosse assim o Senhor não teria dito que Ele seria conosco aonde quer que nós fossemos.
Temos que lembrar e sem esquecer que o Dízimo na vida do crente é um dos começos e não um fim.




Presbítero Francisco Neto

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